domingo, 21 de agosto de 2011

Capítulo 19 - Veneno

JOHN MAYER - heartbreak warfare

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Eles dizem ''tenha medo''
Você não é como os outros, amantes futuristas
DNA diferente, eles não te entendem
...
Me preencha com o seu Veneno
Leve-me.
(E.T – Katy Perry)





Clara:

Depois que a Cat saiu eu me arrumei e fui dar uma volta pela mansão, rezando para não esbarrar com ela em algum lugar.

Andei por vários corredores e quando comecei a pensar que estava perdida, passei por uma sacada e pude ver Pedro sentado em um de seus degraus.
Eu me aproximei dele. Ele como se estivesse percebendo minha presença se virou.

- Clara? O que houve aconteceu alguma coisa? – ele disse se virando preocupado.
- Não, relaxa – eu me aproximei – Se importa se eu sentar aqui?
- Não, pode sentar.
Eu me sentei e fiquei olhando o céu.
-E ai já se acostumou com a ordem? Eu imagino que deve ser meio bizarro para você às vezes – ele me perguntou olhando para longe assim como eu.
- No começo era, quer dizer a noite não é muito comum ficar vendo vultos pretos passando a sua volta, mas depois de uma hora vendo isso você se acostuma.
Ele riu
- Verdade
O silêncio se instalou, até que ele o cortou.
- Clara posso te pergunta uma coisa?
- Claro o que é?
- A Catarina está feliz?
Eu suspirei
- Você quer saber teoricamente ou emocionalmente?
Ele me encarou
- O.k Entendi – eu fiz uma pausa – Olha Pedro eu vou ser sincera, não Pedro ela não está, e eu não deveria estar aqui falando com você sobre isso depois do que você fez, e não adianta falar que não fez Pedro porque nós dois sabemos que no fundo você só se aproximou dela por causa da Katherine, e isso doeu muito nela Pedro, imagine a situação inversa? Eu sempre admirei a Cat por isso, ela sempre foi muito forte, olha tudo o que ela já passou? Ta longe da mãe da irmã conheceu uma família nova que são vampiros, e descobriu que o tio quer matar ela, de queda ela ainda se apaixona por um vampiro, e descobre que ela é a reencarnação do verdadeiro amor dele e claro depois disso como se não bastasse ela ainda tem que vê-lo com a sua prima, meu deus Pedro, qualquer um piraria, mas não ela continua sorrindo, brincando, mas eu vejo nos olhos dela Pedro, isso ta acabando com ela, se eu pudesse eu tiraria ela daqui, mas agora isso só a faria sofrer mais, ela já ama os pais dela e duvido que iria embora.

Pedro abaixou a cabeça e não disse uma palavra por minutos.
Então ele me olhou, e pude ver dor nos seus olhos, a mesma dor que está nos olhos Cat.
- Você sabe de uma coisa Clara? – ele fez uma pausa – Eu fiquei todo esse tempo me perguntando se esse sentimento era por causa da Katherine e quando a Catarina se afastou eu deixei que ela fosse lutando contra ele com medo de que fosse realmente isso, eu não queria magoar a Catarina, mas agora depois desse tempo tudo que eu quero é tocar a Catarina, ouvir as piadas dela, sua risada engraçada, vê-la, a maneira como ela põem o cabelo atrás da orelha quando está tímida, e a forma como ela cora quando eu sorrio, e a sensação que eu tenho quando estou perto dela é quase embriagante, estar com ela é tão fácil, vem naturalmente... Não estou dizendo que eu não errei Clara, eu errei quando ela se foi e eu não fui atrás, mas agora Clara eu sei que eu a amo, mas não posso ficar com ela, não posso magoá-la.

Eu fiquei em silêncio.
Então ela a amava também, mas será que era o bastante? Cat já sofreu tanto, ela merece um amor de verdade para curar isso.
- Pedro se você a ama tanto assim, porque estava com a Emily? – Eu o encarei
Ele virou o rosto.
- Eu não estou com a Emily, ela sempre foi apaixonada por mim, mas eu nunca correspondi, e sempre deixei isso claro, mas depois que a Catarina me deixou, eu tentei sentir algo pela Emily porque assim seria mais fácil, mas ainda sim eu não consegui só que a Emily não entendeu isso, e ela me beijou e provavelmente a Catarina viu, eu não queria que as coisas fossem dessa maneira Clara, mas a Catarina não quer ficar comigo e eu não posso obrigá-la então o melhor a fazer, é me afastar e respeitar a vontade dela, até porque eu sei que em pouco tempo ela estará com o Flávio, só espero que ele cuide dela.

Eu franzi minhas sobrancelhas, então ele pensa que a Cat e o Flávio... Bom ta rolando um clima, mas ainda sim quem ela ama é o Pedro.

- Pedro, ela e o Flávio não tem nada e nunca vão ter sabe por quê? Porque ela sempre vai amar você Pedro, essa é a parte ruim de se apaixonar... É nunca esquecer.

Pedro me encarou.
- Será Clara? Eu não sei sinceramente eu quero o melhor para ela, e não sei se o melhor sou eu.
Coloquei a mão em seu ombro
- Pedro nós somos ótimos para as pessoas que amamos porque queremos que ela seja feliz, e você nunca vai saber se não tentar então porque não conversa com ela Pedro? Diga como você se sente, porque eu só to vendo os dois sofrendo e longe um do outro.
Ele me olhou nos olhos.
- Você acreditar mesmo que eu sou bom o bastante para ela?
- Se você é bom o bastante eu não sei Pedro, só sei que ela te ama e isso basta.
Ele ficou pensativo por um minuto, como se estivesse em outro lugar, perdido nas memórias;
- Você tem razão


Catarina:


Me aproximei mais um pouco, e logo as vozes ficaram mais claras.

- Tem de haver um jeito, ela vai sobreviver eu sei que vai – essa era voz de Henrique eu pude reconhecer
- Sr. Eu não tenho como ter certeza, nós nunca tivemos um caso desse antes – a outra voz eu não reconhecia, mas ela estava alta e saia entrecortada e rápida, pela sua voz o homem parecia estar nervoso – Sr. Nós precisamos fazer exames, e ela tem que ficar em observação, sendo uma humana tem risco de ela não sobreviver até o dia da transformação
- Como você pode não saber? – Henrique gritou e pude ouvir um barulho como se fosse um soco em uma mesa. – Eu quero certezas Sr. Hathewaite, a morte dela está fora de questão, e sobre a transformação dela? O que irá acontecer?
- Como eu disse Henrique é tudo incerto no caso dela, não tem como saber com precisão, mas julgando pelo seu organismo e sobre como o veneno se espalha rápido, provavelmente a transformação será bem antes dos seus dezessete anos, pode ser a qualquer momento, o corpo dela sendo humano é muito frágil, e a transição será muito dolorosa eu tenho que lhe avisar, ela terá que ser muito forte.
Ficou silêncio por uns minutos, e depois as vozes voltaram, mas dessa vez a voz de Henrique estava baixa, sem vida
- Eu não posso perdê-la de novo, me diz... Tem chances de ela sobreviver?
- Sim Henrique, não estou dizendo que é um caso perdido, só estou dizendo que é 50% de chances de ela viver ou morrer, e o que nós podemos fazer é, realizar alguns exames para eu poder examinar melhor o organismo dela, com o veneno e deixá-la em observação, só que o veneno de vampiro é muito doloroso no corpo humano, a transformação dela será muito difícil.
- Eu entendi então eu mandarei que a busquem para você começar os exames, eu quero que você faça o possível e o impossível, mas eu quero minha filha viva entendeu?

Meu deus, eles estavam falando de mim então? Eu vou me torna uma vampira? Mas eu não quero isso, eu acho que não. Eu nunca parei para pensar nisso antes, e eu posso morrer provavelmente eu irei.
Eu não posso mais ficar aqui, são só mentiras por trás de mentiras, eu preciso sair daqui.

Eu corri até o portão da entrada da mansão e sai.
Comecei a andar pela estradinha de terra que levava até a cidade, eu precisava me afastar deles, precisava de um tempo para digerir isso tudo, então eu vou morrer? Mas eu ainda não fiz nada que eu sempre sonhei, eu só tenho dezesseis anos, e minha mãe? E minha irmã? Eu não posso morrer, eu... Eu não quero morrer.
Antes que eu percebesse já estava anoitecendo, eu provavelmente já estava andando por horas porque eu pude ver luzes a minha frente, provavelmente era a cidade.
Quando me aproximei mais, ouvi um barulho de um carro logo atrás de mim, eu me virei, mas não vi nada. No momento em que me virei para frente, soltei um grito abafado. Tinha um homem consideravelmente mais velho que eu com olhos vermelhos, e cabelos louros a minha frente, me encarando, eu tentei me afastar e me virei para correr, mas antes que eu pudesse quando me virei ele já estava lá novamente, com um sorriso frio no rosto me encarando. Como um vulto ele pegou em braço e começou a me arrastar, mais a frente eu pude ver a origem do barulho que eu ouvi um furgão preto parado.
- Me solta agora – eu disse gritando – Quem você pensa que você é? ME SOLTA!
Eu me rebati tentando me desvencilhar dele, mas não consegui
- Cala boca – ele me deu um soco no rosto que pareceu como se uma tonelada caísse de uma vez no meu rosto, depois disso só me lembro de cair em algo duro de ferro e do balanço do carro.

2 comentários:

  1. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai Cat nãaaao! Quero tanto mais *o* Tá cada vez melhor!

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  2. Karina-Cullen Salvatore23 de agosto de 2011 às 20:40

    "essa é a parte ruim de se apaixonar... É nunca esquecer." Concordo plenamente com essa frase.
    A Catarina pq vc foi fazer isso? :(

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