domingo, 3 de julho de 2011

4° Capítulo – Renascimento


- Cat?  - Clara me olhava com uma cara de espanto - Cat? Meu deus quando eu disse que o garoto era lindo, eu não imaginei que você fosse fazer isso!
Eu despertei como de um transe.
- Fazer o que?
- Isso, meu deus Cat você estava encarando o garoto, tudo bem ele é gostoso eu sei, mas pelo menos disfarça
- Eu estava encarando ele? – eu disse assustada, como aquele garoto podia me desligar de tudo, com um simples lance de olhar
Clara soltou um riso nervoso
- Encarando? Você estava praticamente comendo o garoto com os olhos, isso foi estranho
- Ta tudo bem, eu não sei o que tava fazendo, olha esquece ok? – eu deitei minha cabeça em cima do meu braço – Minha cabeça ta doendo um pouco eu vou deitar, tenho certeza que depois do acidente nenhum professor irá reclamar sobre isso.
-Tudo bem final da aula eu te chamo.

A aula passou mais rápido do que eu imaginei e quando Clara me chamou, o aluno novo já tinha descido. Quem era aquele garoto? Porque sentia essa sensação estranha em relação a ele? Na verdade não me importa, ele deve ser só mais um babaca, que daqui a pouco vai andar com o técnico afinal eu não posso negar ele é realmente lindo, aqueles olhos verdes que consegue me transportar para um paraíso secreto, seus ombros largos, seu corpo realmente definido, seus cabelos castanhos claros, sua boca vermelho sangue, e aquele sorriso de canto, que fazia todo o meu corpo se contrair e travar uma guerra interna para não agarrá-lo ali mesmo.
Mas isso não importava, eu acabei de acordar de um coma, mais o que há comigo, ficar perdida em devaneios por um garoto que eu nem sequer troquei uma palavra, essa não era eu.

Descemos ao pátio e por mais estranho que pareça aqueles momentos me confortaram, era bom saber que tudo ainda era como antes, eu tomando o meu expresso com creme, a Clara com seu hambúrguer e refrigerante, ainda reclamando do odor do café, e nesse momento eu sorri.

Logo voltamos à sala, e durante os três tempos restantes, de minuto em minuto sem que eu percebesse meus olhos se voltavam para ele, era espontâneo como se eu não tivesse poder sobre o meu corpo, e eu devo estar maluca mais eu poderia jurar que cada vez que isso acontecia, ele sorria como se lendo meus pensamentos.

Como sempre desde que o vi pela primeira vez, me perdi em meus devaneios enquanto o observava, e sem que eu percebesse a aula acabou.
-Você está melhor? – Era Clara com um olhar preocupado que não combinava nada com ela
- Estou, e não me olha assim você não fica “sensual” com essa cara – eu ri
- A para, mais você tem razão – e rimos juntas saindo pela porta da sala.

Ao chegarmos ao estacionamento, vimos uma faixa na frente da escola, anunciando o baile do aniversário de quarenta anos da escola.
- Eu adoro comemorações e é claro que eu não vou perder a chance de prestigiar o nosso colégio não é mesmo? – Clara disse já me direcionando seu famoso sorriso malicioso
- A sim, claro porque você realmente admira demais essa escola. – eu ri
- Mais é claro que sim, ainda mais quando ela nos proporciona uma festa junto ao todo o técnico e o terceiro ano. – ela mordeu os lábios
Eu ri
- Ta tudo bem, então guarde seus hormônios para a hora da festa ok?
- Claro, e você vai estar lá comigo
- Sério Clara? Você vai mesmo me forçar a isso? Pensa bem eu acabei de sair de um coma, isso não é legal.
- Deixa de ser dramática, você acabou de sair de um coma, mais isso não te impediu de quase comer o aluno novo com os olhos, e de passar o resto das aulas olhando para ele.
- Ta tudo bem não precisa jogar na minha cara, eu só... Eu não sei.
- Eu sei, ele é gostoso, relaxa eu te entendo minha amiga.
Não pude evitar o modo de falar da Clara sempre me fazia rir, essa era uma das coisas que eu mais gostava nela.
- Tudo bem então eu vou.
- É isso ai, essa é a minha Cat!
- Ta tudo bem agora vamos embora.
- Como assim? A festa é hoje você não leu?
- Ah é verdade, e ai na sua casa ou na minha?
- Eu não preciso te dizer que isso foi estranho né? – e lá estava o seu sorriso malicioso de novo
- A pelo amor de deus Clara, aonde você vai se arrumar na minha casa ou na sua? Esquece eu já sei que é na minha, então vamos o carro da minha mãe está logo ali na frente.
- Você me conhece tão bem, vamos.

Dez minutos de carro e já estávamos na minha casa, eu e Clara subimos para o meu quarto, antes que minha mãe tivesse tempo para vir com o sermão de que eu não poderia ir, porque eu tinha acabado de sair de um caso grave de coma e que eu tinha que ficar de repouso e como ela já tinha sido benevolente, por me deixar ir à escola, quer dizer não parecia que eu tinha saído de um coma há três dias, meu corpo estava totalmente saudável tirando o pulso enfaixado mais nada que me empeça de ir a uma festa.

- Sua mãe vai mesmo deixar você ir não é?
- Vai sim, eu vou usar o dom da persuasão.
- Ok, agora vamos à parte realmente difícil, com que roupa iremos?

Passamos o resto da tarde tirando tudo que eu tinha do guarda roupa, e experimentando tudo que estava a nossa frente.
E enfim achamos uma roupa descente para nós duas, ainda bem que o fato de eu estar em coma um mês não impediu minha mãe de fortalecer o meu armário
E claro, depois disso veio à parte difícil, falar com a minha mãe, toda a parte do dom da persuasão.

-Mãe, por favor, eu posso ir?
- Cat minha filha, entenda que eu só quero o seu bem, você melhorou rápido, mas ainda sim não sei se é aconselhável que você vá a essa festa hoje.
- Mãe, eu quase morri em um acidente tudo bem mais eu já estou melhor, por favor, será que você não entende que eu quero aproveitar, eu estou viva mãe, então, por favor, não me faça perde essa festa.
- Ta tudo bem Catarina, mais você já sabe que tem que se cuidar, e aproveitar com moderação, isso sem falar que eu não preciso ter nenhuma conversa “extra” com você não é? – acho que meu rosto demonstrou toda a repulsa que essa conversa “extra” teria porque logo ela completou – Que ótimo então, agora suba e se arrume se não vai se atrasar.
- Obrigada mãe, te amo – beijei sua testa e subi depressa para o meu quarto.
Assim que entrei Clara me olhou             
- Relaxa, ela deixou agora vamos nos arrumar logo.
- vamos

Nos arrumamos e fomos direto para a escola de carro com a minha mãe.
Ao entramos aquilo parecia mais uma boate do que uma escola, o que claro causou uma alegria a mais a Clara que estava com medo de que a festa fosse um desastre.

- Eu simplesmente to amando isso daqui, eu te disse que seria boa Cat.
- É você disse – falei sem emoção
- Vamos, as bebidas ficam logo ali
- Me desculpa, mas hoje eu não vou poder te acompanhar, coma mais antibióticos esqueceu?
- A que saco, eu me esqueci, ta tudo bem então você fica no refrigerante hoje.

Fomos ao mini bar que tinha sido montado logo após a pista de dança, Clara começou a noite com um sex in the beach, e eu com uma coca.
Depois de um sex in the beach e dois Lagoa azul, Clara já estava no meio da pista de dança.
Eu estava sentada em um dos bancos de pedra do pátio perto do jardim, quando decidi que precisava de mais um refrigerante, quando estava virando o primeiro prédio para ir ao mini bar, Kaio que é o garoto mais popular da escola já estava totalmente bêbado vindo minha direção, eu ignorei até que ele pegou em meu braço, eu tentei me soltar dele, mas foi em vão ele começou a me puxar para trás do prédio, em meio a vários “o que você pensa que está fazendo”, “me solta agora” ele me jogou na parede, é ele literalmente me empurrou na parede e colocou o seu braço do meu lado impedindo que eu saísse.
- O que você pensa que ta fazendo? Me solta agora.
- Porque Catarina? Eu já estava com saudades de você sabia? – ele estava com um bafo de bebida horrível
- Você ta bêbado, me da licença
- A Catarina para que se fazer de difícil, vamos eu sei que você me quer.
- O que? – não pude evitar soltei uma gargalhada – Sério? Eu já sabia que você era um babaca só não imaginei que fosse a esse ponto. Me da licença!
- Não, eu sei que você quer – ele começou a tentar me beijar enquanto eu tentava me desvencilhar, nessa hora ele começou a passar a mão sobre o meu peito, e sem que eu percebesse eu dei um tapa no rosto dele, mas não foi um tapa qualquer, ele caiu no chão com o rosto sangrando, eu confesso que me assustei comigo mesma, quer dizer como eu tinha feito aquilo, ele era dois de mim, mas ainda sim estava feliz em ter ele longe.
Essa foi a primeira vez que eu ouvi sua voz.
- Está tudo bem? – Era Pedro vindo em nossa direção
- Ta tudo bem novato, não se meta nisso.
- Eu não estava falando com você – ele olhou para ele de um jeito que me arrepiou – Está tudo bem Catarina?
Como ele sabia o meu nome?
- Hã... Está, eu só... Ele é um babaca.
- É eu sei, mas você cuidou bem dele.
Eu fiquei sem reação, então ele tinha visto.
- Eu... Eu não sei como eu fiz isso.
Ele não disse nada, só ficou me olhando e nesse momento um lapso de reconhecimento passou por mim, como um deja-vú, ele provavelmente percebeu porque na mesma hora mudou pra uma expressão preocupada.
- Vamos, eu preciso falar com você.

3 comentários:

  1. Nem preciso falar né? TA SENSACIONAL JU!
    BEIJOS SUA LINDA, E POSTA LOGO O 5º
    P.S.: eu postei primeiro que a Kaah hahahahah

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  2. Karina-Cullen Salvatore3 de julho de 2011 às 16:32

    Nem preciso falar né? TA SENSACIONAL JU!
    BEIJOS SUA LINDA, E POSTA LOGO O 5º. +11111111111
    Eu quero saber oq ele vai dizer pra ela!!!!!!!!!!!
    E line vc pode ter ganhado a batalha mais ainda não ganhou a guerra.rsrsrsrsrsrrsrsrsrsrsrsrsr...

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  3. Nossa kah... hahahaha
    Não se preocupe, eu vou ganhar a guerra também. muhahahaha

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