segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Capítulo 16 - Sorrisos

Coldplay - Warning Sign

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Tenho que te contar em que estado estou

Tenho que te contar em meus tons mais altos

Comecei a procurar por um sinal de alerta



Quando a verdade é: eu sinto sua falta

Sim, a verdade é, que sinto muito sua falta

 (Warning sign - Coldplay)




Puxei Clara pelo braço e a levei até a cama.
Nós nos sentamos e ela me abraçou novamente, e deitou sua cabeça no meu ombro.

- Eu senti muito a sua falta Catarina, eu não sou a mesma sem você – ela se afastou e me olhou – E você não deixou nenhum número que eu pudesse falar com você! Como você some assim no mundo Catarina? – ela disse como sempre fazia, interpretando o papel da minha mãe para me dar uma bronca.

- O que você esperava que eu fizesse Clara? Eu saí do Brasil para vir conhecer um pai vampiro, meu deus... Você queria que eu fizesse o que? Eu nem sabia se eu estaria viva, eu só saí de lá para proteger você e a minha família.
Clara abaixou a cabeça
- Eu sei me desculpe Catarina, mas e ai me conta o que aconteceu? Como foi a viagem? Que pai é esse? E porque você está com essa cara de choro, idêntica a que você ficou quando você viu o seu peixe na boca do gato da senhora Eliza? – ela me encarou
- Não mude de assunto... Pelo amor de deus Clara você tem consciência que você poderia ter morrido hoje à noite? E como você me encontrou? O que te deu na cabeça para vir atrás de mim assim? E sua mãe? Meu deus Clara você tem que volta! – Eu disse nervosa, estava fazendo todas as perguntas rápidas demais sem dar tempo de a Clara responder.
- Calma Catarina, bom... Uma pergunta de cada vez, eu vim para cá com a ajuda do Jhony – ela fez uma pausa e corou.

Jhony era um nerd/racker que estudou com agente desde a quinta série, e desde a quinta série ele gosta da Clara, e como claramente ele não combinava com ela, Clara tratava ele bem, mas com o tempo ela se afastou dele, mas é obvio que até hoje em dia era só ela estalar os dedos e ele estava ali, eu nunca entendi isso que ele sentia por ela, mas enfim... Pelo visto ela soube usar bem isso.

Eu a encarei

- O Jhony? Hum... E desde quando você fala com o Jhony Clara? – continuei a encará-la
- Ah meu deus Catarina você estava desaparecida e eu sabia que você tinha trago o seu notebook, então eu pedi a ele que rastreasse o seu IP, para eu poder saber onde você estava – ela sorriu maliciosamente. – Catarina, eu não sou bonita à toa, eu tenho que aproveitar de alguma forma – Eu não me segurei e cai na gargalhada, era tão bom estar com Clara, nossa relação era tão fácil, era como respirar, vinha naturalmente.

- Meu deus Clara você é louca, então você descobriu onde eu estava e simplesmente veio? E sua família? E a escola? – eu disse agora no papel da mãe dando bronca.
- Relaxa Cat, eu falei com a minha mãe que tinha conseguido um curso de intercâmbio, e o Jhony falsificou um contrato de um curso para minha mãe assinar, enfim... Eu resolvi tudo e vim, e a escola... Bem não é nada que eu já não tenha vontade de fugir não é mesmo. – ela riu
- É pelo o que posso ver o Jhony foi bem útil né? – Eu sorri maliciosamente.
Ela corou e me empurrou devagar
- Para com isso Cat, o papel da safada é meu ta? – nós rimos
- É verdade, ele é todo seu. – nós rimos de novo – Mas que bom que você está aqui Clara, eu sinceramente precisava tanto de você.
Eu me deitei no colo dela, e ela começou a mexer no meu cabelo, como sempre fazíamos quando uma de nós precisava desabafar

- Então Cat, me fala... Agora é sua vez, me conte tudo – ela disse separando mexas do meu cabelo.
- Eu vou resumir... Bom, meu pai é realmente um vampiro ele governa a ordem que é meio que o governo dos vampiros, junto com o meu tio Josefh, que eu acabei descobrindo que me conhece mais do que eu mesma, minha mãe Isabela é uma das pessoas mais doces que já conheci, meu tio Carlos é realmente um louco por poder que quer me matar para poder atingir meu pai, e... – eu fiquei calada
- E? Porque algo me diz que esse “e” significa “Pedro”?  - ela fez uma pausa – O que aconteceu Catarina? Quer dizer é meio óbvio que vocês acabariam tendo alguma coisa, pelo menos eu não estou louca e vi claramente como vocês se olhavam e isso com menos de 24 horas de convivência, então imagino que agora vocês estão juntos? – ela ficou em silêncio
- Não... – a palavra saiu entre dentes, abafada, eu fiz uma pausa e então continuei – Não, não estamos juntos... O por quê? Agora que eu vou te contar a melhor parte – eu sorri ironicamente.
Ela me olhou intrigada
- Eu descobri recentemente que... Eu não sou necessariamente filha de sangue deles, eu sou a reencarnação da filha deles. – eu fiquei em silencio e pude ouvir a sugada de ar de Clara com a surpresa.
- Meu deus... Você? Como assim? – ela disse se aproximando para poder ver meu rosto.
- Eu entrei uma vez em uma sala que tem no escritório do meu pai, e vi a sala com as coisas que eram dela, retratos, e sinceramente... Nossa aparência é idêntica Clara, tudo desde todos os traços do meu rosto até os meus cabelos, somos inexplicavelmente iguais.
Clara arregalou os olhos
- E você? – Clara perguntou confusa
- Eu?  Na hora eu desmaiei, e enfim... Comecei a pensar que eles só queriam que eu substituísse ela, mas ai eu descobri que eles cuidam de mim desde que eu era pequena e por mais que eu tente sentir raiva deles, eu não consigo eu os amo como se fossem os meus pais mesmo, é como se eu tivesse um vazio que eu não conhecia, e quando eu os encontrei descobri que não posso viver sem eles entende? Eu não sei explicar, mas apesar disso a Isabela já conversou comigo, o Henrique também e o meu tio Josefh que sinceramente conversou comigo de uma forma que... Eu não sei é como se ele soubesse o que eu to pensando e conversar com ele é tão bom, tudo fica mais claro entende... Eu não sei Clara. – eu fiz uma pausa – Eu estou confusa eu só... Eu to descobrindo as coisas ainda sabe.
Ela me olhou
- Cat, claramente eles se importam com você, se não estariam na sua vida desde pequena, e nem iriam te trazer até aqui, enfim... Eu acredito que eles possam amar você, mas você só tem que deixar claro que você não é a filha deles que morreu entende? Por falar nisso qual o nome dela?
- Katherine
- Hum... Até seus nomes são parecidos, acho que é porque vocês combinam com Katherine, Catarina... Enfim, eu acho que você só tem que mostra que é a Catarina e não a Katherine o que a essa altura eu tenho certeza que eles já sabem.
Ela sorriu e isso me tranqüilizou tanto que suspirei.
- O que foi? – ela perguntou percebendo o meu suspiro – E afinal o que isso tudo tem haver com o Pedro?
- Bom... O Pedro era apaixonado pela Katherine Clara, eles viveram um romance o que explica o porque de eu me sentir tão mexida por ele no começo, mas enfim antes de eu descobrir essa história nós chegamos a nos beijar, e Clara por mais que no começou tenha sido sem explicação depois tudo foi real entende? Cada palpitação, cada vez que ele me fez corar, cada respiração acelerada fui eu que senti entende? Mas depois que eu descobri que era reencarnação dele, eu soube que ele não estava comigo por me amar, ou por gostar de mim Clara, ele só queria substituir a Katherine, e eu não sou ela, então eu dei um ponto final.
Clara deu uma sugada de ar e colocou as mãos sobre a boca
- E ele? O que ele disse? – ela perguntou rápido
- Ele? Nada eu não dei oportunidade dele falar, só disse o que eu precisava dizer e assim que terminei ele tinha partido.
- Partido? Ele não está aqui?
Fiquei em silêncio
- Catarina?
- Está esse é o problema...
- Porque?
- Porque recentemente eu descobri que a filha de Carlos tem acesso a ordem e ao que parece ela fugiu do pai junto com a mãe dela, e cresceu ao lado de Katherine, mas sabe aquelas intuições que eu tenho desde que eu era pequena, aquela quando eu senti que não deveria confiar no namorado da sua mãe, e uma semana depois ele a traiu.
- Sei, e você sente isso em relação a ela?
- Sinto Clara, e sinceramente é a sensação mais forte que eu já senti, é como se com ela eu devesse ficar atenta a cada segundo, eu não sei explicar, mas eu não estou demonstrando isso algo me diz que ela é muito inteligente então eu primeiro vou descobrir o que ela quer, até lá... Eu vou tratá-la com a mesma simpatia que ela me trata – eu fiz uma pausa – O que cá entre nós me enoja de tão forçada, odeio pessoa sonsa e ela é a típica menina boa em que todos acreditam – bufei.
- Hum... Eu sinto uma rivalidade a caminho, eu gosto disso – Clara sorriu maliciosamente – adoro competitividade, é um dos meus maiores dons.
Ela mordeu o lábio e eu comecei a rir
- Sim, em relação a ela eu sinto o mesmo Clara, mas temos que ser cuidadosas, e cuidado com o que você fala e aonde você fala aqui eles podem ouvir muito melhor do que nós – eu disse me levantando e me sentando.
- Mas Cat, eu ainda não entendi onde o Pedro entra nessa história de prima bitch. – ela disse erguendo uma sobrancelha.
- Eu os vi ontem, se beijando.
Clara arregalou os olhos
- Por isso esses olhinhos amiga? Eu sabia que tinha alguma coisa, agora é oficial essa garota vai sangrar.
Ela me puxou para um abraço.
- Obrigada por vir amiga – eu disse e deitei minha cabeça em seu ombro.
- Eu sempre estarei aqui para você Cat.

Depois da nossa longa conversa sobre, como a Clara apelidou a Emily de “prima bitch” e sobre o Pedro, e os últimos acontecimentos, nós ficamos exaustas, tomamos um banho e fomos dormi porque no dia seguinte eu tinha que levar Clara a Henrique e deus queira que ele a deixe ficar.

Quando acordamos já deveria ser o horário de almoço, porque acordei com o cheiro bom de comida dentro do quarto.
Me levantei tomei meu banho e depois acordei Clara.
- Clara? – eu a sacudi – Clara? Levanta!
Ela se mexeu, e depois se sentou passando as mãos sobre os olhos e me encarando totalmente sonolenta
- Nossa parece que eu não dormia a um ano, que horas são Cat?
- Hora do almoço, vai se arruma que nós temos que comer, e eu ainda preciso te levar ao Henrique e avisa que você está aqui então se apresse.

Ela levantou, tomou um banho rápido e em minutos estava na mesa comendo comigo.
Ao terminarmos o almoço, fomos ao escritório de Henrique, e por todo o caminho eu tive que ouvir a Clara soltando lufadas de ar toda vez que se via admirada por alguma coisa nos corredores, desde o tamanho da mansão que agora de dia dava para se ver melhor, até as obras penduradas nas paredes. Ao chegar no escritório de Henrique pude ouvir ele nos pedindo que entrássemos.
Eu abri a porta e fui em direção a ele, segurando a mão de Clara que agora estava suando de nervoso.

- Bom dia Catarina, vejo que trouxe companhia – ele sorriu

2 comentários:

  1. Aaaaaaaain que perfeito! Juzinha ta ótimo. Quero maaaaais!

    \Fran

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  2. Karina-Cullen Salvatore23 de agosto de 2011 às 20:02

    Amei, Amei, Amei, o apelido "prima bitch" (:

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